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Foto do escritorAquários Sobrinho

Teste de Nitrato - Por que sempre fazer?

Nesse texto vamos falar hoje do nitrato, o composto menos tóxico da oxidação da amônia, porém seus efeitos indiretos podem ser extremamente prejudiciais. 

O nitrato (NO3) é um composto que é facilmente consumido por algas, plantas, bactérias e outros organismos. Um dos motivos de se manter controlados o nível de nitrato é justamente para evitar algum surto desses organismos, porém o nitrato não é a única fonte de Nitrogênio para esses organismos, tanto que a amônia também pode ser usada (e até de maneira mais fácil). 


Mais uma vez não há uma faixa certa de intoxicação por nitrato, varia de acordo com cada espécie, idade e tamanho do peixe. Existem peixes que começam a serem afetados com 20ppm de nitrato, outros com 50ppm de nitrato, outros com 150ppm de nitrato e até peixes que toleram 400ppm de nitrato. 


Os principais sintomas nos peixes da contaminação por nitrato é o movimento excessivo das guelras, a falta de apetite do peixe, perda do equilíbrio (igual na contaminação por amônia e nitrito), ficar no fundo do aquário, ficar nadando em círculos e até mesmo ficar encolhido no canto.


Veja o vídeo para entender mais um pouco:


A contaminação por nitrato afeta também afeta o processo de respiração do peixe, o que leva a vários outros efeitos secundários como mau funcionamento dos órgãos, redução do crescimento, estresse e, por consequência, redução da imunidade e problemas de osmorregulação. 


Tanto em aquários marinhos quanto de água doce, o excesso de nitrato pode provocar um crescimento de algas, cianobactérias e outros organismos que aproveitam do excesso da oferta de compostos nitrogenados para se reproduzir. Muitos desses organismos não são nocivos aos peixes, porém podem dar um aspecto ruim ao aquário, além de atacar plantas e corais.


 Ninguém gosta de algas e cianobactérias no aquário.


O nível ideal de nitrato é próximo a zero já que, geralmente, o Nitrogênio é fornecido às plantas pela camada fértil ou fertilizantes e os corais precisam de doses mínimas de nitrato para sua sobrevivência( pode ser suprido pela alimentação). Assim sendo, a concentração tolerável de nitrato para os aquários de água salgada é de 5ppm e para os aquários de água doce é de 20ppm.


Para evitar o excesso de nitrato é essencial que o aquarista faça trocas parciais regulares, não dê ração em excesso e faça manutenção do filtro com certa frequência para retirar a sujeira que fica acumulada nele. 


Para reduzir os valores de nitrato as trocas parciais frequentes de até 25% por dia são muito eficientes, porém não vai resolver se não achar a fonte do problema. Existem algumas mídias no mercado que removem o nitrato muito bem. Uma solução mais eficiente para aquários marinhos é a utilização de reatores anaeróbicos, como um reator de enxofre, para a desnitrificação. Para os aquários de água doce, uma forma de controlar os níveis de nitrato é com um filtro de plantas. Em ambos os tipos de aquários, marinhos ou de água doce, um reator de biopellets consegue reduzir bem os níveis de nitrato.

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